quinta-feira, 25 de agosto de 2011

amava, e muito. *


amava-te. não te sei dizer porquê. nem porque não. mas sei, sentia, que te amava. não gostava de ti pelo teu corpo. nem pelos teus cabelos. nem pelos teus olhos. gostava de ti porque gostava de ti. gostava  de ti, e não o sei explicar. gostava de ti pelo conforto que me davas. gostava de ti quando me abraçavas. gostava de ti quando chovia ou quando o sol brilhava. gostava de ti quando estavas perto de mim. mas também gostava de ti quando estavas longe . vou recordar-me sempre teus beijos e dos teus abraços, do teu riso e do teu sorriso quando estiver nos braços de outro que me diz que me ama, vou lembrar-me de ti* vou continuar a sentir  assim algo por ti sem explicação mesmo tu não o sabendo. vou continuar neste caminho onde tu estás distante de mim, mas à distância, à distância de um abraço apertado daqueles que duram uma eternidade, daqueles que nos lembramos quando muitos anos passarem. E, nessa altura, irei ter contigo e dir-te-ei que te amei, amei-te de verdade ( ao contrário de ti) mesmo já quando os meus olhos pouco virem, mesmo já quando a minha pele estiver enrugada, mesmo quando já não me lembrar do resto. Quando isso acontecer, vou lembrar-me de ti, e vou dizer-te que gostava de ti, e isso irá fazer-me feliz, pelo menos mais uma vez. há coisas que não se apagam, e que ficam. para sempre. mesmo que não tenham explicação. gosto muito de ti. um dia saberás isso, um dia. mas tudo têm um fim, e este foi o nosso. 

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